data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Pedro Piegas (Diário)
Usuários do transporte coletivo reclamam da ausência de uma cobertura na Faixa Nova de Camobi, na RSC-287.
Quem passa pela Faixa Nova de Camobi, a RSC-287, já deve ter percebido, com certa frequência, que usuários do transporte coletivo de Santa Maria aguardam por ônibus às margens da rodovia em abrigos e paradas sucateados e, muitas vezes, inexistentes. Isso se dá porque, em boa parte da 287, há, ao menos, cinco paradas de ônibus em que há somente a placa indicativa. Situação que constrange e revolta quem precisa diariamente sair de casa e ter de esperar pelo ônibus tendo como companhia a certeza de ficar exposto ao sol e à chuva. Realidade vivenciada toda semana por Augusto Siqueira, que é morador do Bairro Camobi e que, ontem, aguardava o ônibus no declive de um matagal, onde fica a parada.
- Aqui o negócio é o seguinte: em dia de calor, como o de hoje, tu te abrigas abaixo da árvore para não ficar torrando tanto. E quando chove, tu ficas no meio do mato, te molhando e embarrando os pés. E a situação dessa parada não é de hoje, sabemos de muitas pessoas que já pediram providências por parte da prefeitura. Mas até hoje está tudo do mesmo jeito. Então o jeito é se acostumar, ainda que não seja o certo - contou.
A poucos metros dali, também na Faixa Nova, a reportagem encontrou o professor João Soares, 34 anos, que faz uso do transporte coletivo todo dia para ir até o centro dar aula. Humorado, ele disse à reportagem que "é sempre ruim" e justificou.
- Para que o ônibus pare, junto ao acostamento, quem está aqui precisa ir para essa parte aqui (mato). Ou seja, isso daqui apenas é um ponto de parada do ônibus. Não é uma parada de ônibus, até porque não tem abrigo algum aqui. Tem, como dá pra ver, a placa. E só - disse.
JUSTIFICATIVA
O secretário de Mobilidade Urbana, Orion Ponsi, explica que a prefeitura observa, no momento, a elaboração do Plano Diretor do Transporte Urbano, o que está sendo executado. Ponsi cita o trabalho, que está em andamento, para dizer que paradas de ônibus - hoje existentes - podem vir a sofrer alterações:
- Estamos evitando de atender novos pontos (de paradas de ônibus), A ideia é atender apenas o básico. É importante dizer que o plano diretor do transporte urbano pode, por exemplo, alterar posições de paradas. Aí, com isso, poderíamos estar fazendo investimentos em locais que, ali na frente, podem ser alterados.
Em abril deste ano, a prefeitura afirmou à reportagem que poderia alocar cerca de R$ 500 mil para atender as demandas das paradas de ônibus. O valor sairia do empréstimo de R$ 28 milhões, obtido pelo Executivo junto ao Financiamento à Infraestrutura e ao Saneamento (Finisa). O dinheiro tem sido utilizado para a recuperação asfáltica de ruas e avenidas. Situação que ainda segue sendo avaliada pelo poder público.